segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Qual seu tipo de cabelo?


Crespo:O crespo é um cabelo super frágil que aparenta ser forte. Outra característica peculiar é ser um cabelo que não retém umidade com facilidade, quase impermeável. Oleosidade natural só no couro cabeludo.
 
Tratamento
Pule da Hidratação direto para Nutrição.
Química
A química recomendada para relaxar e alisar é o Hidróxido.
 
Cacheado:
 O cacheado ou encaracolado vai do cacho mais fechadinho até próximo ao anelado. Oleosidade natural só no couro cabeludo  

Tratamento
Pule da Hidratação direto para Nutrição.
Química
A química recomendada para relaxar e alisar é a Guanidina.
 

Anelado:
O anelado também recebe o nome de encaracolado ou cacheado, decidimos denominar anelado os cabelos com cachos mais abertos e largos. Sua oleosidade natural desce poucos centímetros da raiz em direção aos fios e não avança mais por conta das curvas.

Tratamento
Alterne entre Hidratação e Nutrição.
Química
A química recomendada para relaxar e alisar é o Tioglicolato.
 
Frisado:
O frisado geralmente é confundido com o cacheado, porém não forma anéis e sim ondas como frisos. É o cabelo mais odiado pelas meninas que o possuem pois não tem uma forma definida dificultando sua estilização.

Tratamento
Alterne entre Hidratação e Nutrição.
Química
A química recomendada para relaxar e alisar é o Tioglicolato.
 
Ondulado:
O ondulado geralmente possui raiz lisa até a altura da orelha e apartir daí ele ondula frisado ou forma cachos. Sua oleosidade desce um pouco mais comparando com os anelados.
 

Tratamento
Alterne entre Hidratação e Nutrição, com ênfase na hidratação.
Química
A química recomendada para alisar é o Tioglicolato.

Liso:
O liso geralmente é pesado e tem dificuldade em segurar presilhas e fixar cachos modelados com babyliss. Por conta da sua forma a oleosidade natural avança até 16 cm fio abaixo, tornando-o em um cabelo com aspecto mais hidratado.

Tratamento
Hidratação aplicando somente nos fios a partir da altura das orelhas. Nutrição de 15 em 15 dias.
Química
A única química de transformação que esse cabelo costuma utilizar é o Tioglicolato para fazer cachos no processo que se conhecia como Permanente.

Podendo também ser chamados de: 

Cabelos Normais
São macios e brilhantes por natureza e possuem um aspecto super saudável, além serem fáceis de pentear. Esse tipo de cabelo não resseca com facilidade e também não sofre com a oleosidade excessiva. Os cabelos normais são os mais simples de serem cuidados. Ele não precisa ser lavado diariamente, uma vez que não produz glândulas sebáceas em demasia, o que mantém o couro cabeludo limo por mais tempo.
Cabelos Mistos
Hoje em dia esse tipo de cabelo é o mais encontrado entre as mulheres, pois os fatores agressores externos como poluição, uso de secador, chapinha ou coloração alteram o aspecto do fio. Por isso esses cabelos, normalmente, possuem a raiz oleosa, variando somente as pontas que podem ser secas ou normais. Os cabelos longos também possuem mais chances de seremmistos, já que a oleosidade e os nutrientes do couro cabeludo não alcançam as extremidades dos fios.
Cabelos Oleosos
Com brilho excessivo, decorrente da elevada quantidade de óleo existente no couro cabeludo, os fios desse tipo de cabelo são finos, pesados e sem volume. Além dos fatores externos, a causa da oleosidade pode estar relacionada à hereditariedade ou má alimentação.
Cabelos Secos
Os cabelos secos possuem aspecto seco ou ressecado da raiz às pontas. Geralmente são fios ásperos, quebradiços, sem brilho e com frizz. Outro fator que atormentam as mulheres que têm esse tipo de cabelo é o fato deles não possuírem balanço, serem difíceis de pentear, além do volume excessivo


E ai? Já sabe qual seu é tipo de cabelo? 

Você sabe analisar um cabelo?

Análise do Cabelo

 

Verificar dois itens importantes:
Porosidade - Pode ser causada por processos químicos aplicados de forma incorreta ou em demasia. Nota-se esse fator pela aspereza do fio.

Resistência ao fio - Que decorre do excesso de porosidade, causando a perda de queratina, impossibilitando o processo químico enquanto o cabelo não estiver devidamente tratado.
Um diagnóstico é muito mais do que somente observar. Neste diagnóstico, vários fatores devem ser levados em consideração, tanto para um tratamento adequado quanto para um procedimento químico correto.
Deve-se observar:
  • Cor natural e artificial dos cabelos;
  • Condições dos cabelos: normais, danificados, resecado;
  • Estruturados fios: finos, médios, grossos, lisos, crespos ou ondulados;
  • Quanto á resistência dos fios: boa elasticidade, média e sem elasticidade;
  • Quantidade de cabelos brancos;
  • Quanto á porosidade; pouco poroso médio ou muito poroso;
  • Condições do couro cabeludo.
Tipos de cabelos:
  • Secos: Como o couro cabeludo tem pouca oleosidade, os fios acabam ficando ressecados, quebradiços e sem brilho.
  • Normais: Não tem excesso de oleosidade na raiz nem pontas ressecadas, infelizmente são raros.
  • Oleosos: Basta um dia sem lavar que eles já ficam com aspecto sujo e pesado. Isso ocorre porque as glândulas sebáceas têm atividade excessiva.
  • Mistos: Possuem características de cabelos oleosos e secos, é o tipo de cabelo mais comum e também o mai difícil de tratar.
Característica:
  • Espessura: Podem ser classificados em; super grosso, grosso, médio, fino e super fino. Os cabelos finos são mais macios ao toque, ao contrário dos grossos que são mais ásperos e menos sensíveis a química.
  • Densidade: É definida através da quantidade de fios por centímetro quadrado. Quanto mais juntos, mais denso, e o cabelo grosso pode ser esparso.
  • Porosidade: É identificada pela maior ou menor compactação da estrutura capilar, e segundo a compactação os cabelos classificam-se em;
  • Não porosos; requerem produtos mais fortes.
  • Semi-porosos; requerem produtos suaves.
  • Porosos; requerem produtos suaves, com maior cuidado na aplicação.
  • Elasticidade: É a propriedade que o fio tem de ser estirado e de contrair-se naturalmente, como um elástico. Quanto à elasticidade, o cabelo é classificado em:
  • Sem elasticidade; partem á menor pressão, são ressecados e sem vida.
  • Pouca elasticidade; quando esticado não voltam ao tamanho normal.
  • Boa elasticidade; respondem bem ao enrolamento e permanente.
                          Distribuidora R5 Cosméticos
                                       Fábio Ribeiro
                            82 9995-0990 / 8813-9979


    Cuidados com a progressiva.


    Deve-se ter cuidado com a escova progressiva, pois usada de forma irregular pode trazer sérios riscos a sua saúde.

    Nunca use:

    FORMOL, pois traz sérios riscos para a saúde e HENA é um produto para alisar quando usado com freqüência causa queda e quebra dos fios.

    *Nunca faça nenhum tipo de alisamento sem fazer antes o teste da mecha, certificando a resistência do fio ou por análise superficial de produtos anteriormente usados.

    *Não é recomendado nenhum tipo de alisamento para cabelos com henês e mulheres gestantes.

    *Os cuidados recomendados após os processos de alisamentos são: Tratamento de reestruturação dos fios com reposição de queratina com profissional cabeleireiro e ter uma linha de produtos adequada para manutenção indicada pelo profissional.

    *Nunca use química em casa, sempre procure um profissional qualificado.

    Tomando esses devidos cuidados você terá um cabelo bonito e saudável.

                      Distribuidora R5 Cosméticos
                     Fábio Ribeiro 
                      82 9995-0990 / 8813-9979


    A quimíca dos cabelos



    O cabelo é consituído, basicamente, de uma proteína: a alfa-queratina. As queratinas (alfa e beta) são, também, consitituintes de outras partes de animais, como unhas, a seda, bicos de aves, chifres, pêlos, cascos, espinhos (do porco-espinho), entre outros.um cada fio de cabelo, milhares de cadeias de alfa-queratina estão entrelaçadas em uma forma espiral, sob a forma de placas que se sobrepoem, resultando em um longo e fino "cordão" protéico. Estas proteínas interagem fortemente entre si, por várias maneiras (veremos adiante), resultando na forma característica de cada cabelo: liso, enrolado, ondulado, etc..


    A raiz de cada fio capilar está contida numa bolsa tubular da epiderme chamada folículo capilar. Estima-se que existam cerca de 5 milhões de folículos capilares no corpo humano. As únicas partes da pele que não têm folículos são as palmas da mão e as solas dos pés. O fulículo recebe irrigação na epiderme e, algumas vezes, pode apresentar disfunções, levando ou ao crescimento excessivo de cabelos (ou pelos) ou à queda de cabelos, um problema enfrentado por boa parte da população.
    A queda de cabelos é mais frequente nos homens, e estudos indicam que ela está associada à testosterona. Este hormônio é convertido, por uma enzima encontrada nos folículos, em dihidrotestosterona (DHT), que é capaz de se ligar a receptores nos folículos. Segundo Dr. Richard S. Strick, um dermatologista na University of California em Los Angeles,
    "this binding can trigger a change in the genetic activity of the cells, which initiates the gradualprocess of hair loss".
    números
    >um adulto tem cerca de 150 mil fios de cabelos na cabeça;
    > O número total, incluindo todos os pêlos, chega a mais de 1 milhão;
    >o cabelo cresce cerca de 2cm por mês;
    > apenas 3 meses após a fecundação, os primeiros fios de cabelo já nascem no feto;
    A cor do cabelo vem de pigmentos, como a melanina, que são agregados ao cabelo a partir do folículo capilar, o aparelho que é responsável pela produção do mesmo. Em geral, a cor do cabelo está relacionada à cor da pele: pessoas com pele escura tendem a ter cabelos escuros, e vice-versa. Isto porque a pigmentação do cabelo depende da quantidade de melanócitos presentes.
    estrutura secundária da proteína GUma proteína é uma sequência de amino-ácidos, um polipeptídeo. A queratina é formada por cerca de 15 amino-ácidos diferentes, que se repetem e interagem entre si. Na conformaçãoalfa, cada cadeia polipeptídica enrola-se sobre si mesma, no formato de uma hélice (como uma escada de caracol). Na conformação beta, as cadeias ficam semi-estiradas, dispostas paralelamente. A figura ao lado ilustra a proteína G, que apresenta as duas conformações: alfa, em lilás, e beta, em amarelo. As ligações intramoleculares entre os aminoácidos da mesma cadeia é que sustentam a configuração da cadeia. Entre os tipos de interação, destacam-se as pontes de hidrogênio e as pontes cistínicas, que são as pontes formadas entre os grupos -SH do amino-ácido cistina, presente na queratina.


    Como se faz o cabelo "Permanente" ? 
    cisteina 
    Um dos amino-ácidos presentes na queratina é a cisteína, responsável pelas ligações cisteínicas. A cisteína, RSH, pode interagir com outra cisteína da mesma cadeia polipetídica, e formar uma ligação convalente, RSSR. Estas ligações são responsáveis pelas "ondas" que aparecem em nossos cabelos. A possibilidade da interconversão entre as formas oxidadas (RSSR) e reduzidas (RSH) da cisteína é que permite ao cabelereiro "moldar" o seu cabelo, ou seja, alisar um cabelo crespo, ou fazer "cachos" e "ondas" em um cabelo liso. ácido tioglicólicoA primeira etapa consiste na redução de todos os grupos RSSR. Isto se faz, geralmente, com a aplicação doácido tioglicólico (também conhecido como ácido 2-mercaptoacético) em uma solução de amônia (pH 9). Esta solução reduz os grupos RSSR para RSH. thioglycolic acid (also known as 2-mercaptoacetic acid) in an ammonia solution (about pH 9) reduces RSSR to RSH (os cabelereiros chamam esta solução de "relaxante").
    A segunda etapa consite em imprimir no cabelo a forma desejada: lisa ou ondulada. Após se lavar toda a solução de ácido tioglicólico e se enrolar ou esticar o cabelo, o cabelereiro, então, oxida os grupos RSH para RSSR, com a aplicação de um agente oxidante, tal como o peróxido de hidrogênio (H2O2, água oxigenada) ou borato de sódio (NaBrO3) (os cabelereiros se referem a esta solução como "neutralizante"). O novo padrão imposto, então, dura até o crescimento do cabelo, quando será uma nova visita ao salão.
     
    Como os cabelos podem ser coloridos?

    Existem, basicamente, 2 métodos: o primeiro consiste na incorporação de pigmentos na formação do fio de cabelo. 
    Este processo é lento e, em geral, é feito com pigmentos naturais, tais como o encontrado na henna ou na camomila. Devido ao uso constante, em xampus e/ou condicionadores, estes pigmentos começam a fazer parte dos novos fios de cabelos formados. 
     
    O segundo método é a pintura imediata do cabelo, com a destruição dos pigmentos (descoloração) já existentes nos fios, e a incorporação de novos pigmentos. O processo de descoloração é ainda feito, na maioria das vezes, com peróxidos ou amônia, embora ambos os produtos sejam tóxicos. Um dos pigmentos mais utilizados, na coloração, é o acetato de chumbo, embora também seja tóxico.
    Indol 
    As indústrias investem muito em pesquisa nesta área. Recentemente, a americana L'Oréal chegou a uma solução original para o tratamento de cabelos grisalhos: desenvolveu um produto a base de dihidróxido-5-6-indol, um precursor natural da melanina, o principal pigmento do cabelo. A figura ao lado ilustra o indol, o reagente de partida para a síntese do produto da LÓréal.
    Como agem os xampus e condicionadores?
    Ambos possuem, em sua formulação, moléculas de surfactantes.  Os xampus e condicionadores diferem, basicamente, na carga do surfactante: os xampus contém surfactantes aniônicos, enquanto que os condicionadores têm surfactantes catiônicos. Quando o cabelo está sujo, ele contém óleo em excesso e uma série de partículas de poeira e outras sujeiras que aderem à superfície do cabelo. Esta mistura é, geralmente, insolúvel em água - daí a necessidade de um xampu para o banho. 

    O surfactante ajuda a solubilizar as sujeiras, e lava o cabelo. Um problema surge do fato de que surfactantes aniônicos formam complexos estáveis com polímeros neutros ou proteínas, como é o caso da queratina. O cabelo, após o uso do xampu, fica carregado eletrostaticamente, devido a repulsão entre as moléculas de surfactantes (negativas) "ligadas" à queratina. É aí que entra o condicionador: os surfactantes catiônicos interagem fracamente com polímeros e proteínas neutras, e são capazes de se agregar e arrastar as moléculas de xampu que ainda estão no cabelo. Nos frascos de condicionadores existem, ainda, alguns produtos oleosos, para repor a oleosidade ao cabelo, que foi extraída com o xampu. O cabelo, após o condicionador, fica menos carregado e, ainda, com mais oleosidade.

    Segundo este critério, não existe xampu "2 em 1", ou seja, uma formulação capaz de conter tanto um surfactante aniônico como um catiônico. Os produtos encontrados no mercado que se dizem ser "xampu 2 em 1" são, na verdade, xampus com surfactantes neutros ou, ainda, surfactantes aniônicos com compostos oleosos, que minimizam o efeito eletrostático criado pelo xampu normal.
     

    Formol não é legal!!!

    O uso do formol em qualquer técnica capilar realziada nos salões de beleza é proibido por lei. 
    Entretanto, segundo o presidente da Comissão Antipirataria da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Dionísio Lins, a medida não está sendo cumprida em grande parte dos salões cariocas.E para coibir o uso da substância, foi encaminhada uma representação no Ministério Público e uma fiscalização será efetuada nos estabelecimentos para comprovar o uso ilegal do formol e, posteriormente, serão requisitadas as autoridades medidas legais, além do fechamento do local, se necessário.O formol pode provocar danos graves para a saúde de quem usa e também de profissionais que manuseiam ou aplicam o produto.  Segundo a dermatologista Maria Paulina Kede, não é exagero o alerta contra o formol, porque seu uso indevido pode queimar o couro cabeludo, provocar quedas capilares, irritar a vista, causar tontura edor de cabeça. E os problemas vão além, diz a médica. Estudos recentes indicam que a toxicidade do formol é tão alta que, em longo prazo, pode causar leucemia em profissionais muito expostos a ele.Um bom exemplo para as pessoas entenderem o “poder” do produto é só lembrar que o formol líquido é usado em hospitais para conservação de cadáveres, complementa a dermatologista.
    Apesar de proibida, a substância ainda é adotada. Segundo a Anvisa, seu uso fez triplicar as queixas após alisamentos em 2009. Mas, afinal, por que há profissionais que insistem em colocar em risco sua saúde e a da cliente?




    Em 2006 uma febre se alastrou pelo país: a escova progressiva à base de formol. Com a promessa de deixar os fios lisos e brilhantes, conquistou cabeleireiros e mulheres ansiosas por domar os cachos. Assim que a moda apareceu, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) se apressou a soltar o alerta: o ativo é cancerígeno e faz mal à saúde. Algumas empresas de cosméticos também cabeçaram campanhasde conscientização para os perigos da substância. Mas, mesmo com tanta informação, alguns profissionais continuam aplicando o produto. 

     
    Tanto que o Ministério da Saúde acaba de baixar uma resolução – a RDC 36, de 17 de junho de 2009 – proibindo sua comercialização em drogarias, farmácias, supermercados, empórios, lojas de conveniência e drugstores. O objetivo é coibir a utilização indevida do formaldeído. Por conta da interdição, há quem tente burlar a lei apelando para o glutaraldeído, um desinfetante hospitalar quimicamente semelhante ao formol. “Mas ele também é expressamente proibido”, diz Érica França, especialista em cosméticos da Anvisa. “Pudera, é dez vezes mais perigoso do que o formol”, esclarece a médica Maria Fernanda Gavazzoni, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional do Rio de Janeiro. Segundo a Anvisa, as notificações de danos causados por fórmulas para alisamento capilar triplicaram no primeiro semestre de 2009 em comparação com todo o ano de 2008. 
     
    E, na maioria dos casos, há suspeita do uso de formol. “Todos os dias atendo pelo menos uma paciente prejudicada pela escova progressiva”, confirma o tricologista Luciano Barsanti, presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia, e autor do livro Dr. Cabelo (Editora Elevação). O expert faz questão de enfatizar: “O formol não é um alisante, mas sim um conservante que, potencializado pelo brushing e pela chapinha, confere o efeito liso”. Sua colega Maria Fernanda Gavazzoni assina embaixo e faz uma comparação: “O produto encapa os fios como a calda grossa e endurecida que envolve a maçã do amor. Por fora, fica aquele brilho, dá a impressão de que o cabelo está hidratado. Mas, ao contrário, a fibra perde toda a água”. 

    E não só isso: “A química remove proteínas essenciais à saúde das madeixas”, alerta. Alberto Keidi, farmacêutico-bioquímico e consultor da Protocolo Consultoria e personal Health Care, em São Paulo. “O cabelo fica rígido e tão fragilizado que o simples pentear rompe a fibra capilar. O resultado é alopecia temporária ou permanente”, conclui o especialista.O cabeleireiro Rafael De La Lastra, de São Paulo, que dá cursos para profissionais, conta que muitos não sabem o bê-á-bá do alisamento. “Pensam que o formol doma os cachos, mas os únicos alisantes são o ácido tioglicólico e a guanidina, além dos hidróxidos de sódio, potássio, cálcio e lítio.” 


    O que diz a lei

    Não custa reforçar: 
    A aplicação da substância como alisante pode causar sérios danos à saúde da cliente e do profissional. 

    Ao ser inalada, irrita olhos, nariz e garganta, e, muitas vezes, provoca problemas respiratórios”,avisa Alberto Keidi. “O formaldeído é volátil. Então, quando os vapores liberados pela chapinha são aspirados, os pulmões inflamam e há risco de pneumonia química”, completa Barsanti. 

    Há suspeita de que a simples exposição ao produto leve à leucopenia, que é a queda dos glóbulos brancos do sangue, responsáveis pelas defesas do corpo. Isso pode acontecer até com quem só vai ao salão fazer as unhas”, conta Maria Fernanda. 
    O formol é ,comprovadamente, carcinogênico, ou seja, tem potencial cancerígeno, de acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer. 

    Érica França, da Anvisa, diz com todas as letras: “A desobediência à resolução publicada em 17 de junho último, que proíbe a venda de formol, implica penas que vão da interdição do estabelecimento à cadeia. A partir dessa data, o comerciante tem um prazo de 180 dias para devolver a substância à distribuidora”. Ela lembra que o formol só é permitido a 0,2%, como conservante de cosméticos industrializados e registrados na Anvisa. A adulteração de fórmulas prontas para uso é considerada crime hediondo pelo Código Penal Brasileiro. O bom senso recomenda: livrar-se dos produtos ilícitos preserva a saúde e a reputação profissional.